5.10.2013

1º DE MAIO DE LUTA COB/AIT


Convocada a partir de manifestações locais em todas as regiões da cidade (Tatuapé, Belém, Penha, Santana, Lapa, Jabaquara, Santo Amaro, Vila Mariana, Paulista, etc.) através de panfletagens, mini-comícios/eventos locais e pichações a manifestação da Federação Operária de São Paulo (FOSP/COB-ACAT/AIT) foi a única manifestação libertária a denunciar a farsa dos sindicatos crumiros/pelegos ligados ao Estado e dominado pelos partidos – que comemoraram os 70 anos da CLT getulo-fascista.


Precedida de homenagens locais aos Mártires de Chicago (como a GIG no Capão-Redondo) o chamado da FOSP se estendeu a várias cidades da Grande São Paulo (Mogi, Poá, Itaquaquecetuba, Perus, Campo Limpo Paulista, Osasco, etc.) e do interior do estado (São José dos Campos, baixada santista, Joanópolis, Ribeirão Preto). Recuperando a memória de lutas do movimento operário, centrada nos ‘127 anos da luta pela Redução da Jornada de Trabalho’, se buscou demonstrar a importância e necessidade de uma organização sindical autônoma e autogerida, sem o controle do Estado e dos partidos políticos.
A Concentração, marcada para ocorrer no velho Mercado de Escravos de São Paulo, na Ladeira da Memória, no centro da cidade, se iniciou as 12 horas. Imediatamente, a medida que as pessoas chegavam, se dividiam em grupos para distribuir o Manifesto da FOSP/COB-AIT, no A PLEBE 77 e outros manifestos de diversos grupos libertários e punks. Sob o viaduto do Chá a CUT fazia sua festinha, ao som de músicas sertanejas e pagode, reunindo cerca de 5000 pessoas.
 

Como não conseguimos reunir muita gente (cerca de 60 pessoas) realizamos uma Assembleia Popular onde se decidiu pela:
- SOLIDARIEDADE ATIVA ÀS GREVES (trabalhadores da Educação e da Saúde), defendendo a realização de uma GREVE GERAL DE SOLIDARIEDADE, a partir de núcleos de ação locais;
- pela não realização da tradicional passeata de 1º de Maio, que se mostraria muito esvaziada, e partir para denunciar as manobras de políticos e sindicatos oficiais que buscam criar ações diversionistas e divisionistas (foram realizadas mais de 6 manifestações isoladas e ‘festivas’ em São Paulo). Para isso nos dividimos em grupos de panfletagem e agitação que mantinham ações de ‘guerrilha’ na manifestação cutista – tendo toda a movimentação acompanhada de perto pela segurança dos petistas (que reprimiram e ameaçaram alguns grupos);
- essa ação se centrava na denúncia do sindicalismo assistencialista, do chamamento a luta e a solidariedade ativa à greve da Educação e da Saúde. Com palavras de ordem (GREVE GERAL, 1º DE MAIO NÃO É FESTA, É LUTA! TRABALHADOR UNIDO GOVERNA SEM PARTIDO!). Mais de 3.000 manifestos foram distribuídos enquanto se faziam colagens contra o imposto sindical nas imediações da festa da CUT;
- chamando a filiação à FOSP/COB-AIT, através da ação nuclear descentralizada, dentro dos princípios do sindicalismo revolucionário da AIT-IWA;
- denunciar a ação de grupos paralelistas que começam a atuar no Brasil a partir de uma suposta associação de trabalhadores, que diz reivindicar o sindicalismo revolucionário – mas sem respeitar os princípios da AIT – buscando uma divisão no campo anarcosindicalista.

A manifestação libertária se encerrou formalmente as 16:30 hs, após o término de todos os materiais disponíveis, com a dispersão pacífica dos companheiros em grupos, já que no final a policia metropolitana criava um cerco contra nossa concentração/assembleia.

Num balanço final se avaliou como positiva a manifestação, mantendo a bandeira da COB/AIT erguida num momento em que a classe trabalhadora está sendo negociada e fatiada pelos partidos e pelo governo de frente popular petista. Apesar do esvaziamento de nossa média anual nas nossas manifestações, verificamos que esse esvaziamento se repetiu em, todas as manifestações realizadas pelas centrais pelego-partidárias – apesar dos milhões de reais dispendidos por elas. Apesar de muita alienação também encontramos pessoas revoltadas com a ação diversionista dessa pelegada. Todos reclamam da ausência DE UMA ESTRUTURA DE LUTA DOS TRABALHADORES, para a qual a difusão das lutas e princípios da FOSP/COB-AIT foi fundamental.
- CONTRA AS MISÉRIAS E A OPRESSÃO DO CAPITAL!
- CONTRA A CRIMINALIZAÇÃO DO MOVIMENTO SOCIAL!
- PELO FIM DOS PROCESSOS CONTRA MILITANTES SOCIAIS!
- PELA PLENA LIBERDADE DE ORGANIZAÇÃO PARA OS TRABALHADOR@S!
- CONTRA O DESEMPREGO!
- PELA REDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO PARA 30 HORAS SEMANAIS!
(SEM REDUÇÃO SALARIAL!)
- PELA AUTOGESTÃO GENERALIZADA!
Coordenação Estadual da FOSP/COB-ACAT/AIT

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